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Não pague propina, regularizar é mais barato!


Engenheiro da Prefeitura de SP é preso suspeito de receber propina.

Roney Domingos
Do G1 São Paulo

Um engenheiro civil da Secretaria Municipal da Habitação de São Paulo foi preso em flagrante nesta terça-feira (19) suspeito de receber propina para regularizar a metragem de um terreno. Esse é o terceiro funcionário da Prefeitura paulistana a ser preso em menos de uma semana pelo mesmo crime.
O servidor, que segundo a Prefeitura trabalhava no Departamento de Aprovação de Edificações (Aprov), foi detido ao sair de um bar da região central de São Paulo por policiais civis da 1ª Delegacia de Investigações sobre Crimes Contra a Administração Pública, do Departamento de Polícia de Proteção à Cidadania (DPPC).
A Controladoria Geral do Município (CGM) participou da operação. O órgão requisitou a apreensão de computador e documentos do servidor que possam auxiliar nas investigações .O G1 não conseguiu contato com o defensor do suspeito.
De acordo com o delegado Paulo Guidio Peres Filho, a investigação começou a partir da denúncia de uma vítima. Segundo ela, o engenheiro cobrou R$ 10 mil para apressar a regularização de um terreno, dizendo que o mesmo processo poderia demorar até 10 anos.
Segundo o delegado, o crime foi enquadrado como concussão, que é quando o funcionário público usa o cargo para obter vantagens indevidas. O engenheiro aceitou uma contraoferta da vítima, no valor de R$ 8 mil.
Nesta terça, o engenheiro levou R$ 4 mil em notas previamente marcadas ou xerocopiadas pela polícia. Ao deixar um bar na região central de São Paulo, próximo de onde trabalhava, o engenheiro foi preso com o dinheiro.
Segundo o delegado, o engenheiro trabalhava em um grupo denominado Getea, criado justamente para agilizar a regularização de imóveis. De acordo com a Prefeitura, o suspeito vai alvo de um inquérito administrativo especial, realizado para apurar suas responsabilidades.
Casal
Na sexta (15), um casal de servidores públicos da Subprefeitura de Santo Amaro, na Zona Sul, foi preso após receber R$ 40 mil de propina de um empresário. Nicola Caramico, de 69 anos, e Sheila Maria Caramico, de 62 anos, eram investigados desde o dia 25 de fevereiro, quando um empresário denunciou o caso.
Um representante da Unimed Paulistana procurou a Prefeitura de São Paulo após receber a visita dos fiscais numa obra de um pronto atendimento no bairro de Santo Amaro, na Zona Sul. Segundo a denúncia, os funcionários da Prefeitura disseram que aplicariam uma multa de R$ 194 mil por falta de Habite-se. Eles só não a multariam, caso a cooperativa pagasse a metade do valor para eles. Depois de muita negociação, chegou-se ao montante de R$ 80 mil divididos em duas parcelas.
O advogado do casal, Marcelo José de Assis Fernandes, afirmou que tudo foi um "equívoco". A Sheila foi se encontrar para pegar documentação referente a obra e não sabia que tinha dinheiro. O dinheiro foi uma surpresa”, disse o defensor. Já o casal disse que pegou o dinheiro para repassar a um arquiteto que iria auxiliar a empresa, segundo a polícia. Eles foram indiciados por concussão.
À ocasião, o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, disse que essa foi a primeira denúncia recebida pela Controladoria Geral do Município. Na avaliação do prefeito, o trabalho foi bem conduzido. "A CGM tem carta branca para atuar sem pedir licença", afirmou Haddad.
 

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